10 dezembro, 2011


“A pessoa que sou é única, limitada a um nascer e a um morrer, 
presente a si mesma e que só à sua face é verdadeira, 
é autêntica, decide em verdade a autenticidade de tudo quanto realizar. 
Assim a sua solidão, que persiste sempre talvez como  
pano de fundo em toda a comunicação, em toda a comunhão, 
não é "isolamento". Porque o isolamento implica um corte com os outros; 
a solidão implica apenas que toda a voz que a exprima 
não é puramente uma voz da rua, mas uma voz que ressoa no silêncio final, 
uma voz que fala do mais fundo de si, que está certa 
entre os homens como em face do homem só.” 

Vergílio Ferreira, Espaço do Invisível I

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